Só por ti, Jesus, quero me consumir, como vela que queima no altar, me consumir de amor!
Só por ti, Jesus, quero me derramar, como o rio se entrega ao mar, me derramar de amor!

Pois tu és o meu amparo e o meu refúgio, és a alegria de minh'alma!
Só em ti repousa a minha esperança, não vacilarei,
e mesmo na dor, quero seguir até o fim! Só por ti Jesus!

Eugênio Jorge



quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Como vencer a “falsa vergonha” da Confissão

Irmãos, venho neste post apresentar uma bela reflexão sobre confissão, pelo Padre Paulo Ricardo.

Como vencer a “falsa vergonha” da Confissão
Há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai a glória e a graça

Muitas pessoas dizem não ter coragem de se aproximar do sacramento da Confissão porque têm vergonha.

É preciso reconhecer: não é fácil acusar os próprios pecados ao sacerdote. No entanto, urge vencer o que Santo Afonso de Ligório chama de "falsa vergonha", afinal, não há outro modo pelo qual seja possível reconciliar-se com Deus senão pela confissão dos pecados. Jesus, ao instituir este sacramento, poderia muito bem ter dito: Quando tiverdes pecado, entrai em vossos próprios quartos, prostrai-vos diante de Mim crucificado e obtereis o perdão. Seria muito mais cômodo. No entanto, Ele não disse isso. Antes, deu aos Apóstolos a chave da reconciliação: "Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos" [1].

Para vencer essa "vergonha" que todos sentimos de contar as próprias misérias, vale meditar um pouco sobre as verdades eternas. Quando perdemos a graça, pelo pecado mortal, não só somos condenados ao inferno, na outra vida, e a inúmeros tormentos, nesta, como perdemos a amizade de Deus, o bem mais precioso que o homem pode entesourar. Escrevendo a respeito do pecado mortal, Santo Afonso avalia:

"Se o homem recusasse a amizade de Deus, para alcançar um reino ou um império do mundo inteiro, já seria isso uma horrenda perversidade, pois que a amizade de Deus é muito mais preciosa do que o mundo todo e milhares de mundos. E afinal por amor de que coisa o pecador ofende a Deus? Por um pouco de terra, para satisfazer a sua ira, por um gozo bestial, por uma vaidade, um capricho. 'Eles me desonraram por um punhado de cevada e um pedacinho de pão' (Ez 13, 19)." [2]
Ao nos depararmos com a gravidade da ofensa que cometemos, com o grande amor com que Deus nos amou, derramando o Seu próprio sangue para salvar-nos, é preciso que nos comovamos e verdadeiramente nos envergonhemos... Mas, que a causa da nossa vergonha seja o pecado! E que essa mesma vergonha nos leve a um propósito firme e sério de não mais ofender a Deus! Caso contrário, será uma vergonha estéril e sem nenhuma serventia.

O autor sagrado diz que "há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai glória e graça" [3]. Com razão se poderia chamar a "vergonha que conduz ao pecado" aquela que leva a pessoa ou a fugir ou a omitir seus pecados na Confissão, já que essa atitude causará a sua própria perdição eterna. Quanto à segunda vergonha, não é aquela que sentimos na fila do confessionário, mas que logo se esvai depois que somos absolvidos pelo sacerdote? "Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos (...) vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo-nos livres, (...) perdoados, puros e felizes" [4]. Por isso, diz Santo Afonso, "devemos fugir da vergonha que nos leva ao pecado e nos torna inimigos de Deus; não, porém, da que, ligada à confissão dos pecados, nos granjeia a graça de Deus e a glória do céu".

Quando o demônio nos tentar sugerindo que, por vergonha, ocultemos as nossas faltas ao sacerdote, lembremo-nos de que os pecados dos condenados serão revelados a todos os homens no Juízo Final: "Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo" [5]; "Vou arregaçar o teu vestido até teu rosto, e mostrar tua nudez às nações, aos reinos a tua vergonha" [6]. Quando a sugestão for a de que sequer procuremos a reconciliação, lembremo-nos a joia de altíssimo valor que corremos o risco de perder, se morremos em estado de pecado mortal: o próprio Deus.

Transformemos, por fim, a "falsa vergonha" da Penitência em disposição para servir a Deus, porque o arrependimento não consiste em grandes sentimentos ou em prantos efusivos, mas em uma resoluta vontade de amar, como ensina Santa Teresa: "Consiste [o amor] numa total determinação e desejo de contentar a Deus em tudo, em procurar, o quanto pudermos, não ofendê-lo e rogar-lhe pelo aumento contínuo da honra e glória de seu Filho e pela prosperidade da Igreja Católica" [7].

Por Equipe Christo Nihil Praeponere


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Oração diante do Santo dos Santos

Senhor, recebe meu coração contrito diante do teu altar. Eu não sou nada, Senhor! Reconheço minha miséria diante da Tua grandeza. Na paz deste momento, sinto-me tocado pela tua misericórdia. Sinto a tua presença viva e real aqui, neste lugar santo, neste solo sagrado, onde eu deveria entrar descalço! Aqui derramas graças sem fim...

Tenho pensado muito em meus amigos, naqueles que me procuram e que precisam do meu amor, da minha ajuda espiritual e material. Sei que, na minha miséria, quase nada posso lhes dar, comparado ao que eles tanto precisam...Quem sou eu, Senhor, frente às suas necessidades? Porquê o Senhor coloca em meu caminho esses irmãos, se pouco eu posso fazer por eles? Queria ser livre do tempo, dos compromissos, do trabalho, para poder me dedicar mais a eles, mas estou preso às coisas e cuidados deste mundo...

Ó Senhor, tem misericórdia da minha pobreza e pequenez. Ajuda-me, Senhor, a não desistir daqueles que precisam de mim...ajuda-me, pois meus recursos espirituais e materiais são poucos frente a tantos problemas...

Recebe, Senhor, meu coração que se derrama aqui, neste altar...recebe minha vida, Senhor, te amo...








quinta-feira, 17 de abril de 2014

ENCONTROS...

Toda a trajetória de Jesus neste mundo foi pautada por encontros únicos, que marcaram profundamente aqueles que se encontraram com Ele!

O primeiro encontro se deu entre o Anjo Gabriel e Maria, naquele dia em que o sim daquela jovem abriu as portas para a nossa salvação! Jesus aparece aí como aquele que estava nos planos do Pai como o Filho Amado, o Redentor dos Homens! Somente aguardando a resposta...

Ainda no ventre de sua mãe, Jesus chega à casa de Isabel e presencia o encontro entre as duas primas, quando Isabel recebe a "mãe do meu Senhor"...e logo se dá um encontro místico entre os dois filhos no ventre das duas mães! E o Espírito Santo encheu Isabel e Maria de alegria: "Minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito exulta em Deus meu Salvador!

Tantos foram os encontros ao longo de sua vida: aos doze anos,Jesus encontrou os Doutores da Lei, com quem dialogou e aprendeu, escutou e ensinou!! Logo depois seus pais o encontram perdido, após três dias de angústia...

Como teria sido o encontro carismático entre Jesus e Pedro, seu irmão André, Tiago e João? E quando ele encontrou Natanael e revela detalhes de seu caráter e diz tê-lo visto sentado sob a figueira! Como ele teria ficado ao reconhecer nele um profeta!


E o que dizer da Samaritana, que se encontrou com Jesus numa situação inusitada, quando se revela a ela como o Messias e Senhor, aquele que dá a água da vida ? E Zaqueu, que teve sua vida e sua dignidade de filho de Deus restaurada ao ser acolhido por Jesus, naquele encontro ao longo do caminho?

Jesus sabia como abordar as pessoas, como tocar os corações. Seus encontros marcaram profundamente suas vidas. Maria Madalena, prostituta menosprezada por todos, teve coragem de ficar aos pés de Jesus, junto de sua mãe e João, no calvário, enquanto todos o abandonaram. Marta e Maria, Lázaro, o cego de Jericó, a viúva de Naim, o Centurião, todos quanto os que o encontraram foram transformados interiormente.

Por fim, entendemos que Jesus foi o grande encontro de Deus com os homens, quando se dignou a descer de suas alturas para conhecer de perto a fragilidade humana com todas as suas misérias! Se fez homem para melhor amar o homem, se assim possível fosse!

Hoje Jesus continua a nos encontrar, no irmão que sofre, no amigo atencioso, nos pequenos gestos, no sacerdote, nos pregadores, nos evangelizadores, na sua Palavra, na Eucaristia...

"hoje em minha vida, aonde estiver, Ele continua a passar, incansavelmente insiste em me visitar, em meu coração quer ficar. O mesmo Deus e Senhor hoje passa aqui, a nossa história também quer tocar
Com a mesma força e poder, incansável amor! Que procura a quem transformar, que transforma a quem encontrar! - Lugares - Walmir Alencar"
https://www.youtube.com/watch?v=30B_MwqHjQg